Durante a sessão da Câmara Municipal de Piatã realizada na última terça-feira (27), o vereador Samuel Miron (PSB) foi acusado por apoiadores da vereadora Telma Xavier (Avante) de adotar uma postura considerada desrespeitosa e ofensiva. As críticas surgiram após declarações feitas por Miron, que, ao usar a tribuna, questionou a liderança de Telma e sugeriu que ela estaria se “vitimizando” diante das cobranças parlamentares.
Em tom alterado, sugeriu ainda que, se a pressão não estiver sendo bem conduzida, a função de liderança deve ser passada a outro parlamentar: “Se a pressão na liderança não está sendo condizente, entrega para que outro faça bem feito”, disse.
Em outro trecho de sua fala, Miron declarou: “Ter [informações] para passar para a população, mas se vitimar com a fala do que nós temos aqui na casa, isso não. Isso aqui não vai doer em mim, não. Porque estamos aqui para trabalhar para o povo. Porque ninguém está aqui para ficar se vitimando, passando em um microfone para dizer que é mulher [...] Então, respeito muito, mas nessa casa aqui temos 11 vagas, 11 vereadores. [...] Mas, se vitimar nessa casa aqui, não!”
Segundo apoiadores da parlamentar, esse seria o terceiro episódio em que o vereador adota falas ofensivas e desrespeitosas, configurando um caso de violência política de gênero. Esse tipo de violência se refere a atitudes, discursos ou ações que buscam constranger, silenciar ou deslegitimar a atuação de mulheres na política. Pode se manifestar por meio de interrupções sistemáticas, desqualificações públicas ou tentativas de limitar sua participação nos espaços de poder.
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