A cidade de Itagibá se destaca com mais um projeto voltado para o desenvolvimento sustentável do município. Por meio do Edital de Chamamento Público n.º 005/2024, o Instituto Sofrê foi um dos selecionados para receber apoio financeiro, que garante a implementação do Projeto Avicultura Sustentável: manejo e criação de galinhas caipiras. O investimento de R$ 600 mil contemplará 50 famílias de agricultores familiares itagibenses e boa-novenses em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Além do suporte financeiro, a iniciativa tem por objetivo oferecer às mulheres agricultoras atividades de capacitação de manejo e comércio de galinhas e ovos caipiras. Serão adotadas uma série de estratégias sustentáveis, dentre elas, o reaproveitamento de resíduos orgânicos para a criação de minhocários, que reduz os custos de alimentação e o impacto ambiental.
O projeto também prevê a construção de galinheiros rústicos com a capacidade para 50 matrizes por Unidade Produtiva Familiar (UPF), a fim de proporcionar infraestrutura adequada para os pequenos produtores. Todas as práticas serão realizadas por equipes especializadas, que prestarão suporte durante a execução do planejamento.
Para oficializar o recebimento do projeto, o prefeito de Itagibá, Marcos Barreto, e a secretária de Agricultura, Dulciane Barreto, estiveram em Salvador, nesta terça-feira, 5. Em conversa com o Interior Baiano, Dulciane explica os impactos desse projeto para o avanço de Itagibá.
Interior Baiano: Qual a importância do Projeto Avicultura Sustentável para o desenvolvimento socioeconômico do município?
Dulciane: Nós identificamos em algumas comunidades rurais que as áreas dos moradores são muito pequenas ou não têm os recursos suficientes para que os agricultores possam produzir e ter uma renda para se manterem na propriedade, então a questão da avicultura proporciona a geração de renda para esses moradores. A Secretaria percebeu nessa atividade proposta pelo Instituto Sofrê, uma oportunidade de fortalecermos essa ação, e juntos, agregarmos valor ao trabalho dos agricultores e a venda do produto final.
Interior Baiano: De que forma as capacitações para as mulheres agricultoras impactarão o papel delas na agricultura familiar?
Dulciane: As mulheres são dedicadas e exercem um papel de grande importância no setor avicultor de Itagibá. Muitas delas conseguem, também, envolver seus familiares no processo, melhorando a situação econômica de toda família. Voltado especificamente para mulheres, hoje nós temos também o programa de beneficiamento “Projeto Banana”, voltado para produção de banana chips e de doces. Os frutos dessas produções são entregues para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), e agora estamos trabalhando para vender também os produtos no comércio local. É uma grande oportunidade de geração de renda para as famílias do campo.
Interior Baiano: Quais são os próximos passos da Secretaria para continuar trazendo mais oportunidades para os pequenos agricultores do município? Há outros planos em vista?
Dulciane: Nossa intenção é expandir a atuação dos institutos, integrando-os também a projetos sociais voltados para geração de renda e combate à fome, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Assim, nós poderemos participar de maneira mais ativa em mais programas do governo voltados para o enfrentamento da fome na Bahia. Hoje, temos em Itagibá um projeto relacionado à cadeia leiteira, que está sendo articulado pelo prefeito Marcos junto com a Secretaria de Combate à Pobreza. É o programa PAA Leite (Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade Leite), do Governo do Estado, que consiste na compra de leite destinado à famílias em situação de vulnerabilidade. Estamos buscando a produção de alimentos no município e o fortalecimento dessas cadeias, para que os produtores consigam se manter no campo com qualidade de vida e renda, e garantir que a população em vulnerabilidade seja atendida.
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