Um marco inédito para a medicina baiana foi alcançado: pela primeira vez, uma equipe médica do interior do estado está autorizada a realizar transplantes de fígado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital São Vicente, situado em Vitória da Conquista, recebeu o aval do Ministério da Saúde para efetuar procedimentos de transplante hepático e renal.
A medida representa um avanço significativo na interiorização dos serviços de alta complexidade, ampliando o acesso, a eficiência e a qualidade no cuidado aos pacientes da região. Para a titular da Secretaria Estadual da Saúde, Roberta Santana, a conquista reforça o compromisso da Bahia com o fortalecimento da rede de transplantes e a preservação de vidas. “Essa habilitação é um marco para a saúde pública da Bahia. Levar um transplante hepático para o interior do estado é garantir que mais pessoas tenham acesso à vida com dignidade e segurança”, pontuou.
O responsável estadual pelo Sistema de Transplantes, Eraldo Moura, ressalta que esse avanço é fruto de uma estratégia permanente de ampliação e qualificação da rede assistencial. “A interiorização dos transplantes é um passo fundamental. Estamos qualificando equipes, aprimorando a logística e aumentando nossa capacidade de salvar vidas. Vitória da Conquista agora ocupa papel de destaque nesse esforço coletivo”, afirmou Eraldo.
Com a criação desse novo centro no sudoeste da Bahia, o estado fortalece sua capacidade de atendimento, encurta o tempo de espera e eleva as chances de recuperação dos pacientes. Apenas no primeiro trimestre de 2025, a Bahia registrou um aumento de 47% nos transplantes de fígado em relação ao mesmo período do ano passado.
Com mais esse investimento, o território baiano se consolida como uma das redes de transplantes mais dinâmicas do país. A Secretaria da Saúde da Bahia reforça, no entanto, que a principal barreira ainda é a recusa familiar. Por isso, campanhas educativas e a capacitação das equipes seguem como prioridade. “A doação é um gesto de amor que salva muitas vidas. Cada habilitação, cada paciente transplantado é prova de que a Bahia está no caminho certo”, conclui a secretária.
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